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domingo, 23 de setembro de 2012

 

ESSE HOMEM

Esse homem
Que perambula cabisbaixo
Pelas ruas de uma cidade
Próxima ao inferno
Tremula, ri e chora
Com o frio inverno
 
Este homem a fim e a cabo
Com mãos nos bolso
E um cigarro nos lábios apertado

Com calça desbotada
E camiseta esbraguelada  
Usa bermuda larga
Caminha desviando a lama

Com seu medo desnudo
Olha e fala sobre tudo
Sussurra orações
E desafia canhões
Usa sapatos desgastados
Ri e chora solitário
 
Chora folhas de flores mortas
Crê em deserdados
Desata nós e abomina cadeados
E na espera, espera
Por uma ração de abraços e beijos
Este homem existe
Insiste grita e persisti
 
   (Orides Siqueira)
NATUREZA AO NATURAL

A natureza com sua paz
Em imensa e clara visão
Como é bonito ver  e sonhar
A Natureza ao natural
 
E o sol repetindo o milagre
Faz subir uma explosão de cores
Belíssima síntese da natureza
Em sua esplendorosa beleza
 
E o espírito da vida
Como se fora vento perfumado
Faz pássaros voarem com seus corações alados
Pensamentos d”alma  nesta semente que germina
 
Em suas formas essências
Fazendo brotar as flores fortalecendo animais
Neste respiração da natureza
Afetando os olhos e a mente tornando o infinito onipotente
Em momentos parece gritar
Eu também tenho vida ame e respeite
  
      (Orides Siqueira)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012



CONVULSÃO  CEREBRAL

Convencido de sua insolência
O homem
Se debate em seu  próprio habitat
Esgotado e sem paciência
Vivendo sem expectativa
Em seu degradante mundo
 
Incrédulo
Fruto de sua onipotência
Se torna fraco e sem paciência
Um agonizante em discrepância
 
Como se a voz reclamasse do grito
O seu eco que não mais soa no infinito
 
Um ser que quer sua emancipação
Estende a mão
Em busca de profecias
Buscando formulas  emocionais
Em gritos e prosas de pregadores anormais
 
             (Orides Siqueira)
 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

   GUERRA DOS SEXOS

É absolutamente desnecessário
Criar batalhas
Não necessitamos de fuzis nem canhões
Muito menos armas letais
 
Não queremos fundir metais
Criar armas pontiagudas
Afiadas
Criar e ter armas pesadas
 
Porque, roupas diferentes
Em diferentes jornadas
Tua infantaria nos montanhas
Minha cavalaria nos vales
 
Que tu e eu
Enfrentamo-nos  sem tropas
Nem artimanhas
Com a força do sexo
A invadir entranhas
 
   (Orides Siqueira)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Voltou a aparecer no noticiario a liberação da Maconha por alguns paises da America do Sul, será que estes presidentes não tem coisas mais importantes para fazer, ficam insistindo neste deserviço a sociedade.


MACONHA

Ilusões perdidas
Em uma caixa vazia
Com um rotulo rasgado
 
Deixa marcas
Nunca recordações
Sequer um lenço aromatizado
Onde possas secar lagrimas do passado
   
Longe de ser remédio
É sim a semente da tristeza e do tédio
 
    (Orides Siqueira)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012


OS SUBMUNDOS

Existem outros mundos
Mas estão todos aqui

Insípidos,inodoros
Sem-tetos
Leigos e analfabetos

Um mundo do país das ilusões
...

O submundo
Dos corruptos e ladrões

Catolicos e os nãos

Quando somente somos paredes
Do grande cemitério do nada
Nos achamos o centro
Do mundo, do universo
Elegemos os culpados
Sempre
O governo e o progresso

Vivemos em submissão nomade
Não somos nada mais que
Leitores de cartões magneticos
pendurados e conectados

Vivemos
A ilusão da ilusão

(Orides Siqueira)

domingo, 2 de setembro de 2012

  SEQÜELADOS

Buzinas
Auto falantes
Vendedores ambulantes
 
As palavras se escondem
Com medo da languidez de um mundo em decadência
Pessoas com caminhar apressado
E olhares distantes
    
Ruas parecem hospitais psiquiátricos
Demência nos olhares
Gritos
Habitam ausências
Gestos  contundentes e sintomáticos  
 
Não mais existe
Da licença, obrigado
Só olhar raivoso e indignado
Pessoas com cérebro  seqüelado
 
Mas calma
Não é uma geração de culpados
Neste mundo louco
Somos um bando  de tresloucados
Trabalhadores impulsivos,  sem tempo
Sempre ocupados

    (Orides Siqueira)